A advocacia, uma das profissões mais antigas e tradicionais, tem mergulhado de cabeça na inovação. Se, por um lado, o formalismo da carreira se mantém dentro dos tribunais, dos departamentos jurídicos de empresas e dos próprios escritórios de advocacia, por outro, acompanhamos uma verdadeira revolução no Direito, com jurimetria e Big Data.
Atualmente, as principais tecnologias disruptivas que estão dando mais agilidade ao trabalho são centradas no Big Data e na utilização de Inteligência Artificial em plataformas de jurimetria.
O que é jurimetria?
Para contextualizar e explicar melhor sobre a nova ferramenta em questão, a jurimetria é a estatística aplicada ao direito, que permite uma análise mais simples e direta de cada resultado, processo, decisão e fato jurídico.
Através dela, é possível identificar padrões e atacar a causa raiz dos conflitos com maiores chances de sucesso.
E Big Data?
Com relação ao Big Data, pode ser descrito como uma solução que, por meio de ferramentas tecnológicas, segmenta informações, organiza e identifica padrões.
Um exemplo prático é a Diana: criado pelo escritório LBCA, o hub de tecnologia jurídica possui produtos voltados para gestão e análise de dados, com uma plataforma de jurimetria que torna possível analisar processos de todos os estados.
De acordo com Ricardo Freitas Silveira, idealizador da Diana, o momento para implementar e investir em novos recursos é agora. “O Brasil é um dos maiores mercados jurídicos do mundo, com 80 milhões de processos ativos nos tribunais e um mercado super competitivo. É uma oportunidade ideal para inovar. A tecnologia pode tornar a vida de juristas e advogados muito mais fácil e produtiva”, afirma.
Na prática, os processos se tornam dados que possibilitam análises sobre cenários futuros na Justiça brasileira. É o mundo do Big Data, no qual a disponibilidade de informações em larga quantidade e variedade permite a utilização de técnicas, ferramentas e abordagens derivadas da Ciência de Dados.
“Acredito que por meio da jurimetria seja possível fornecer informações estratégicas a advogados e departamentos jurídicos para que eles possam ter uma percepção do panorama estatístico do judiciário de maneira mais compreensiva”, reitera.