Novo projeto do CNJ é resultado de um processo amplo de automatização do universo do Direito, com benefícios que são sentidos na prática.
As contribuições da tecnologia para o dia a dia de escritórios jurídicos são numerosas e justificam um investimento conciso em soluções inovadoras. Não por acaso, cada vez mais organizações do segmento tem se movimentado rumo à automatização. Alternativas de RPA (Automação Robótica de Processos) surgem como possibilidades transformadoras, personalizadas e que se mostram capazes de suprir demandas prioritárias para advogados e outros profissionais do Direito.
Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou a criação do “Programa Justiça 4.0 – Inovação e efetividade na realização da Justiça para todos”, seguindo o objetivo máximo de promover e facilitar o acesso à Justiça, com o auxílio de plataformas integradas e relacionadas ao uso de novas tecnologias e Inteligência Artificial (IA).
Fato é que o fenômeno de Transformação Digital do segmento jurídico se encontra em um estágio avançado de aceleração, tendo uma forte influência do impacto que o período de pandemia de Covid-19 causou ao País. Hoje, para um escritório de advocacia, contar com o suporte tecnológico é um diferencial estratégico e competitivo, trazendo ganhos significativos de assertividade, segurança e eficiência operacional.
Entenda o que muda com o programa Justiça 4.0
Dentro da funcionalidade do programa elaborado pelo CNJ, alguns tópicos são primários e simbolizam o propósito dessa iniciativa. Tornar possível e mais prática a realização de audiências virtuais é um dos planos citados, abrangendo etapas que anteriormente eram somente conduzidas de forma presencial, em tribunais.
O projeto ainda utiliza um dos grandes benefícios ligados à tecnologia nos dias de hoje: é aplicado por meio de uma plataforma integrada, também unificando os sistemas de tramitação eletrônica executados pelos 91 tribunais que compõem a área do Direito no Brasil. Isso oferece mais dinamismo e simplifica a vida de quem precisa se relacionar com a Justiça, especialmente pela abordagem única com os dados, que à princípio, deverão se reunir em uma base única de informações estatísticas.
A Inteligência Artificial é outro foco do Justiça 4.0. Com ela, será feita a leitura automatizada de decisões e petições demonstradas à Justiça, seguindo a finalidade de otimizar a rotina de processos de juízes e outros responsáveis pelo andamento jurídico. Sem dúvidas, procedimentos otimizados refletem em mais agilidade e eficácia, para que as questões sejam resolvidas em prol de todos, sempre com rapidez. No aspecto que tange à apreensão de bens, um sistema integrado também será desenvolvido, assumindo a destinação de recursos materiais apreendidos por ordem judicial.
Por que a tecnologia no setor jurídico é tão importante?
Como citado anteriormente, a tecnologia representa uma modernização que vai além de tendências passageiras, pelo contrário, trata-se de uma novidade cuja os ganhos falam por si só e, principalmente, contribuem para um ambiente de Direito muito mais simplificado, condição que é de interesse do Brasil. De certo, a inovação é um componente que continuará crescendo em um setor primordial para o ordenamento legal de qualquer sociedade.
Para encerrar o artigo, é preciso valorizar a iniciativa concebida pelo CNJ, que abre portas e torna acessível o processo de digitalização do meio jurídico. Afinal, a presença tecnológica, a exemplo de softwares e ferramentas de Inteligência Artificial, tem como grande missão transformar a realidade de empresas, profissionais e do próprio cidadão, com resoluções enriquecedoras para problemas que não devem mais persistir.